quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

enquanto a noite

enquanto segue a noite
durmo tranquilo
embaixo de uma árvore frondosa
enquanto insiste a noite
vago absurdo por entre lembranças desavisadas
em meio ao latejar morno
diante do céu de nenhuma estrela
enquanto insinua a noite
fico prostrado
esperando não sei o que
de onde não se escuta
intermitentes gritos roucos
enquanto destaca a noite
suas mumunhas em desacordo
figuras descompromissadas
entrechoque acidental
enquanto finda a noite
fico a espreita esperando
uma gota de sereno orvalhante
uma brisa restauradora
um raio de sol que possa me reanimar

3 comentários:

Ala Delta disse...

Um raio de sol que possa me reanimar, es lo que uno se encuentra al leer esto tan bello ("en quanto a noite"), aunque la mañana sea gris, fría, húmeda y desapacible.

JOSÉ LUIZ DA SILVA disse...

Muito bonita esta poesia, Paulo.

paulo guerra disse...

Obrigado pelos comentários!